quinta-feira, 6 de março de 2008

Momento inútil - Loukuras da mente humana - 3

Parte 3

A manhã quase se fora, lá estava ele sentado indiferente na cara poltrona de couro de seu editor.
- Deixe-me ver se eu entendi. Você quer um novo contrato só que agora quer que seja feito com o seu nome verdadeiro?
- Exato!
- E por que isso agora?
- Acabei de me separar, nada me impede de assumir o que já venho fazendo há tempos, e você vem me torrando o saco pra que eu assine esse novo contrato.
- Exato! Já fiz e refiz esse contrato uma infinidade de vezes e você não o assinou.
- Eu vim agora para tratarmos disso.
- Se você não fosse tão bom, eu te mandava a merda!
- É você quem sabe. Se não quiser posso procurar outro editor, deve haver algum outro editor nessa cidade que se interesse pelo que eu escrevo.
- Porra! Vai ameaçar a vadia da sua mãe! Passe aqui amanhã e o contrato vai estar pronto.
- Mais uma coisa Clóvis, eu estou momentaneamente no Excelsiur, por isso vou precisar daquela prestação de contas, estou completamente sem fundos, e você não vai querer me ver na pior não é?
- É claro que não Ó Estrela.
Um meio sorriso foi todo o que ele fez, sem nenhum comentário sai da sala. O dia prometia.

Ao chegar no hotel a garota da recepção lhe entrega seus recados completamente rubra, um olhar mais apurado lhe dava a resposta. Ela era amiga da camareira que ele vinha comendo.
- Os meus recados de ontem estão juntos?
- Sim senhor. Ela mal conseguia disfarçar o interesse.
Passou a analizar melhor a garota. Jovem, muito inesperiente, curiosa, sem namorado, carente, e louca por uma aventura. Presa muito fácil. Depois de tanto sexo no dia anterior, gostaria de algo mais excitante, em todo caso se não aparecesse, até que poderia ensinar algo para ela.
- Obrigado.

- Você... O senhor vai embora? A camareira olhava para a mala em cima da cama.
- Ainda não. Eu deixei a porta aberta de novo? Ele tinha certeza de que a deixara fechada. Um leve rubor na face dela o alertara que a garota já estava viciada nele.
- Sim. Eu houvi barulho, por isso entrei.
É claro que ela mentira, ele não fizera um ruído sequer.
- Er, está pretendendo ir logo?
- Ir para onde? Se fazer de desentendido era ótimo, as colocava onde queria, se fosse esperta ela jogaria todas as fichas na mesa, se não o fizesse não iria ter o que queria.
- Embora.
- A minha ex-mulher mandou, poderia guardar pra mim, vou tomar um banho.
- Sim senhor.
A garota sorriu ao escutar a palavra ex, elas sempre sorriam, todos queriam ser a titular.
- Não precisa desfaze-la, basta guardar fechada. Ele se encaminhou ao banheiro, a sua roupa ficou no caminho. A ducha forte lhe dava outro ânimo, esvaziou a sua mente, só queira sentir o calor da água escorrer por seu corpo, foi quando sentiu um braço o envolver.
A camareira.
Até que ela não demorou muito.
A garota era gostosa, mas estava perdendo a graça, a primeira vez fora inebriante, agora estava começando a ficar insípido, pois ela perdera a expontaneidade, e agora ela só tentava lhe agradar e ele queria que ela o surpreendesse, não que o mimasse.



quando a inspiração voltar eu termino

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