quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Véspera de Carnaval




Quem diria que já chegamos no carnaval...


Mais algumas horas e a maior folia de Momo do mundo se iniciará.

É hora de conferir os confetes e serpentinas, verificar o estoque de cerveja e gelo, pegar a galera e correr pra folia.

Por que é nessas horas é que mostramos como é bom ser brasileiro.

O realmente importante não é como você vai se perder nos cinco dias de carnaval, afinal a diversão está aí para quem quiser, o importante é divertirse muito e se prevenir para futuros problemas, afinal ninguém quer alguém lhe batendo a porta daqui a alguns meses com uma surpresa de que você está para ganhar um filho ou de que apareça alguém lhe dizendo que pegou algo muito grave e não sabe se lhe passou ou não, por isso precenção sempre!

Nunca se sabe né o dia de amanhã.



Não custa nada não é mesmo?

Imagine as possibilidades? Use a imaginação, e não aceite um "não gosto baby, é anti-natural.




E vamos a diversão que ela está só começando!

".... olha a cabelera do zezé, será que ele é, será que ele é....
.... ala-la-ó oooo, mas que calor oor....

Bom carnaval pra vc...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tragédia GrEgA


O mundo nasce de uma grande explosão!

Você foi concebido após um choque elétrico que uniu duas células distintas.

E assim nasceu a vida....
Pode não ser a vida que você gostaria, mas é a que lhe deram...

Você só tem duas alternativas, ou segue a corrente ou tenta melhorar, seja qual for o teu caminho, boa sorte, vai precisar....

Se resolver melhorar, lembre-se de que muitas pessoas estão do seu lado para lhe auxiliar em sua jornada...

São seus amigos, familia, amores, até desconhecidos que sempre lhe diz o que precisa escutar naquele momento tão díficil...

Surpresas sempre acontecem...

Algumas são boas, outras nem tanto....

Das boas sempre iremos nos lembrar, das outras, logo o tempo se encarrega de nos fazer esquecer..
A vida, Agradece.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Para onde iremos agora?



Será que a teoria Matrix está certa?

Ou será que a sétima arte é o nosso oráculo para o futuro?

Diariamente vemos sendo despejados no mercado, milhares de livros com teorias fantásticas de como iremos findar nossos parcos dias, e em visões surreais da nossa já conclamada extinção.

Este filme conta uma dessas possíveis histórias, de como a nossa arrogância de brincar de Deus acabou.

Claro que o filme não é nenhuma "Brastemp" mas, vale o ingresso pago.

http://iamlegend.warnerbros.com/

Você não verá nenhuma história de amor, verá apenas um homem e seus demonios interiores, isso vale pra que re-pensemos a nossa vida.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Amazonia - Uma floresta perigosa

AmazoniA
Uma Floresta Perigosa

CAPITULO I


A brisa fresca não era capaz de abrandar a umidade abafada. Dominique estava zangada. Havia brigado novamente com Dickie, já estava virando um hábito discutirem por banalidades. Não tinha a menor idéia do por que haviam se altercado daquela vez, o que acabou acarretando sua volta mais cedo para casa. Um final de semana romântico totalmente estragado e nem ao menos sabia o porque. Conseguir as reservas para aquele hotel fora difícil, estavam lotado, e nem ao menos era alta temporada de turismo, por sorte houvera uma desistência de última hora, antes não tivesse conseguido estas reservas.
Havia chegado naquela manhã com o idiota do seu namorado, ainda bem que o hotel oferecia o translado aéreo, vir de barco de Manaus até ali deveria levar horas. Eles estavam em algum lugar perdido no coração da Amazônia. Um lugar onde transpirava luxo e todas as mordomias da vida moderna, bem no meio da maior floresta do mundo. Sua suíte era incrível, espaçosa, confortável, com direito até a uma imensa banheira. Por estarem em uma área que corria o risco de alagamento, o hotel era todo suspenso, o mais incrível eram as piscinas, estavam em dois níveis diferentes, o que um bom engenheiro mais muito dinheiro não conseguiam, e tudo isso rodeados com a exuberante vista da floresta.
Após o almoço o Dickie resolveu colocar as manguinhas de fora, e foi embora, agora, ela estava sozinha naquele paraíso perdido.
Suspirando Dominique caminhou até a margem do rio, sua sandália baixa pisava suave sobre a grama bem cuidada.

Maximiliano Lugano caminhava impaciente através das árvores que compunham o jardim que se estendia até o rio, procurava Suzanne, o mensageiro do hotel lhe entregara seu recado alguns minutos atrás. Ela o estaria aguardando em algum lugar daquelas árvores. Achava divertido o seu joguinho, mas naquela noite se impacientava com eles.

Nikki olhou para o lado onde um casal caminhava abraçado. Suspirou resignada. Dickie nunca estava por perto, não fazia a menor questão de estar presente, quando mais precisava estava sempre sozinha aquilo a frustrava. Às vezes tinha a impressão de que ele tinha outra ou não gostava de ser visto com ela.

Max se via envolvido na teia da bela Suzanne, ela sabia jogar como ninguém, pouco a pouco ele se via cedendo a seus inúmeros caprichos. A vinda deles para aquele hotel fora idéia dela. Ela tinha esta imensa capacidade, a de arrasta-lo para suas loucuras, e ele sempre a seguia, em sempre se deixando envolver por sua deliciosa loucura.

Nikki tentou ignorar os risos do casal a sua frente. A moça era justamente o que nunca seria. Alta e linda. Estava conformado a não ser tão alta e a dever a sua vida aos regimes, sua maior frustração era sua constante briga com a balança. Tinha consciência de que nunca teria um corpo curvilíneo como a da modelo a sua frente. Diminuiu os passos até que o casal se afastasse. Quando se viu só se recostou em uma árvore agradecendo o vento que vinha do rio. A noite estava muito abafada. Pensou em se sentar em um galho baixo, já que não havia bancos disponíveis por ali, mas sua saia era comprida e justa, seria complicado subir além do que não tinha a menor idéia se era permitido fazer isso, fechou os olhos, aproveitando a noite.
Atrás Max olhou excitado a mulher recostada na árvore, suas mãos soavam ante a perspectiva do encontro. Com cuidado avança tentando não fazer ruído, em suas mãos um lenço para vendar seus olhos. Pena a noite estar tão escura, mal conseguia distingui-la.

Nikki pensava em Dickie e no porque de continuar a persistir em um relacionamento onde somente ela cedia. Estavam juntos a mais de três anos e durante todo este tempo, ela podia contar nos dedos os dias que ele a acompanhou a algum lugar. Na cama ele era ótimo, mas, não podia se restringir somente ao sexo, ela queria mais, muito mais. Perdida em divagações não percebeu um vulto se aproximar, só o sentiu quando seus olhos foram vendados.
- Hey o que está havendo? O estranho a encostou no tronco da árvore. Um pensamento lhe passou pela cabeça.
Dickie!
- Di..., O estranho a beijou, impedindo de terminar de falar, ele invadiu sua boca com a sua língua quente, acariciando-a. Nikki foi tragada por um turbilhão de sensações. Um perfume desconhecido lhe chegou as narinas. Espere! Este não é o perfume do Dickie. O homem começou a acaricia-la. O desespero começou a tomar conta à medida que seu corpo reagia. Nikki tentava empurrar o estranho, impor alguma distância. Ele continuava a lhe beijar, enquanto suas mãos passavam pelo seu corpo. Nikki conseguiu espalmar as mãos em seu peito, o estranho gemeu, começando a levantar sua saia, enquanto continuava a lhe beijar, descobrindo recôncavos escondidos que nem sabia que existiam em sua boca. Se não fosse o desespero de um estupro eminente ela poderia até apreciar o beijo, que por sinal não se comparava ao do Dickie, que era horrível. Não, não podia se ater a isso, aquele estranho estava a ponto de abusar dela, era preciso acabar logo com isso e chamar a atenção de alguém. Ela se afastara do hotel por que queria pensar, agora sua falta de bom senso a estava punindo. Com esforço conseguiu empurrar o estranho.
- Não! Pare! Em vez de se afastar o estranho levantou sua saia, sua mão acariciando suas coxas, voltando a beijar seu pescoço.
- Não... Ele não deixou que terminasse de falar.
- Tudo bem querida, não vou parar. Sua voz rouca mal passava de um sussurro.
- Pare seu, seu... Ele acariciava sua perna enquanto Nikki tentava segurar suas mãos.
- Eu sei, perdemos muito tempo com seus joguinhos. Esta noite não existirá ninguém entre nós! Ele segurou suas mãos no alto impedindo-a de tentar escapar, enquanto a fazia sentir todo o seu desejo.
- Não! ... Pare seu biltre! Nikki se contorcia desesperada. Não era párea para a força do estranho. Tentou acertá-lo com o joelho sem muito sucesso, o corpo dele a prendia contra a árvore, enquanto beijava seu pescoço, suas mãos entraram por dentro da sua blusa em busca dos seus seios.

Maximiliano estava famélico, planejara aquela viajem cuidadosamente, era a sua chance de passar um fim de semana inteiro com a fogosa Susane, mas ela sempre lhe escapava por entre os dedos, como a areia da praia. Susane era deliciosa. Ele não tinha a intenção de agarrá-la ali, o lenço foi inesperado e seus beijos o enlouqueceram a ponto de perder o bom senso e a querer devorá-la ali mesmo a vista de todos. Seu corpo o atiçava, excitando-o ainda mais, sentia que ela correspondia a cada toque seu ansiando ainda mais pela consumação daquela paixão delirante. Ele nunca teve problemas em conquistar a mulher que quisesse. Susane jogava, ela queria compromisso, e ele apenas uma aventura. Ela o atiçava para que ele se comprometesse, e ele resistia. Levantou a mão por dentro da sua blusa e tocou seu seio túrgido...
Espere! Susane tinha seios pequenos e aqueles eram... Maiores?!

Nikki estava horrorizada, seu corpo estava reagindo ao menor toque daquele estranho, arfante não conseguia falar, sua foz havia sumido. Era preciso dar um basta nisso. Não podia continuar, por mais que aquele estranho tivesse um beijo maravilhoso e mãos completamente mágicas aquilo ainda era uma tentativa de estupro e ela iria se odiar para o resto da sua vida por permitir que ele continuasse.
Vai me pagar por isso Dickie!
Nikki reuniu toda a sua força e empurrou o estranho
- Seu patife, me largue! Nikki já não sentia mais tanta pressão contra o seu corpo, o esforço a deixou arfante. Seu atacante ficou mudo.
- Seu verme! Solte-me ou eu acabo com a sua raça! É muito fácil subjugar uma mulher não é mesmo? Nikki esperneava tentando se soltar. O estranho a virou para a claridade, a largando. Nikki se apressou em desamarrar a venda, que se prendeu em seu cabelo dificultando sua retirada.
Max olhou para aquela mulher arfante e constatou horrorizado que estava a ponto de fazer amor com uma desconhecida. Aquela não era Susane. Como pudera confundir as duas daquele modo?
Deus, o que eu fiz?
Sem nenhuma palavra se afasta.
Quando Nikki conseguiu tirar a venda, se vê sozinha. Sua visão ainda está prejudicada e aos poucos o foco retorna. Ao olhar para os lados não vê ninguém. Com um suspiro se encosta na árvore tremendo. Era preciso sair logo dali, mas estava tão apavorada que suas pernas se recusavam a mover-se. Foi preciso respirar fundo várias vezes para se acalmar. Ainda trêmula pelo ocorrido, seguiu pela trilha ao longo do rio, havia vários casais passeando por ali, seria mais fácil pedir ajuda a alguém.
Max ainda ofegante vê a estranha se afastar. Quem será ela? Sentia o seu gosto ainda em sua boca, seu corpo todo fremia insatisfeito. Seu coração batia descompassado, uma descarga de adrenalina o colocou alerta, o que não foi capaz de apagar o desejo despertado por aquela estranha.
Susane por que fez isso!
Aguardou até que ela se afastasse para então voltar ao hotel. Só então poderia respirar aliviado. Tinha que sair rápido dali poderia aparecer seguranças a qualquer momento, saindo do seu esconderijo a viu caminhar desconfiada. Inconsciente andou até a árvore onde estivera com ela, seu lenço estava no chão, o pegou, colocando-o no bolso, utilizou o caminho inverso para chegar ao hotel. Ao se aproximar da entrada viu Susane rindo de algo que um rapaz lhe sussurrava em seu ouvido.
Então era ai que você estava enquanto eu beijava outra!
O pensamento não o enfureceu tanto quanto esperava.
- Boa noite Susane! Disse frio, entrou sem esperar a resposta.
- Max! Ela ficou olhando-o se afastar, o rapaz quis beijá-la, ela o empurrou. Sabia que desta vez tinha abusado da sorte. Ele estava zangado de verdade com ela.
Ele se jogou na grande cama de casal em seu quarto, ainda estava excitado, aquela estranha o incendiou a ponto de praticamente ignorar Susane. Estava muito transtornado, com um gemido se levantou, precisava de um longo banho frio, ao colocar a mão no bolso sentiu o lenço. Sim, ele tinha o seu perfume! Fechou os olhos e aspirou, ao perceber o que fazia, jogou o lenço longe e foi para o banheiro resmungando.

Nikki seguia pela trilha apavorada, não se afastava do casal a sua frente que caminhava lentamente, quando se aproximou da entrada do hotel correu os poucos metros que faltavam. Ainda ofegante entrou no seu quarto, mal fechou a porta o telefone tocou. Suas mãos tremiam tanto que desistiu de atendê-lo. Podia ser o Dickie, como também o estranho que a atacou.
Após um banho morno para relaxar, Nikki tentou conciliar o sono, sem muito sucesso. Sua cabeça fervilhava, não permitindo que relaxasse e adormecesse.
Max saiu batendo o queixo do banheiro, ao cair na cama constatou que a água não estava bastante fria para lhe acalmar. Não entendia como pudera se enganar tanto, as duas eram completamente opostas, estava tão excitado que acabou completamente cego.
- Há Susane, seu joguinho foi longe demais desta vez!

Nikki acordou se sentindo péssima! Deveria ter acionado a segurança do hotel, mas depois de muito pensar chegara à conclusão de que o estranho a confundiu com outra pessoa. Suas mãos macias e o seu perfume caro lhe dizia que, ele não tentaria nada tão estúpido novamente. Por via das dúvidas, estaria sempre próxima de outras pessoas.

Maximiliano acordou com mau humor! Sentia o perfume daquela mulher por todos os poros do seu corpo. Tivera a infeliz sorte de sonhar com ela a noite inteira e acordara mais excitado do que quando se deitara. Isso era muito preocupante. Nenhuma mulher havia lhe causado tamanho impacto como aquela estranha. Deslizando sobre o colchão foi tomar mais um banho frio para se acalmar.

Nikki estava, a beira da piscina entabulava uma conversa animada com duas mulheres. Isso a fazia se esquecer do estranho que a atacara e da falta de sensibilidade do Dickie.

Max olhava a estranha, com curiosidade, protegido pela sombra do guarda sol do terraço tinha uma visão de toda a área da piscina. Ao vê-la sorrir involuntariamente sorriu também.
- Parece que você acordou de bom humor.
- Não graças a você! Sua voz soou ríspida.
- Parece que eu me enganei, seu mau humor está mais vivo do que nunca. Susane se acomodou na cadeira enquanto chamava o garçom.
- Engana-se cherriè meu humor está ótimo. Não se virou para responder, seus olhos não desgrudavam da estranha.
- Posso saber para quem você tanto olha? Susane estava impaciente, alternava seu olhar entre ele e a área da piscina, tentando ver o que o estava lhe chamando tanta atenção.
- Pra ninguém! Max sentiu ciúmes na sua voz? Ou seria o medo de não o tê-lo mais aos seus pés? Mal virou para lhe responder.
- Nossa Max! Eu já lhe pedi desculpas. Ela o olhava, seu olhar lhe implorava que a desculpasse, queria apenas brincar com ele na noite anterior, e tudo saíra fora de controle, acabara tendo de dormir separados, porque ele trancara a porta do quarto.
- Certo Susane! Ele se levantou, com a respiração presa quando a estranha mergulhou na piscina.
- Aonde vai? Ele a estava ignorando deliberadamente pelo que fizera ontem, ela tinha certeza disso.
- Nadar um pouco, está abafado. Ele não perdia um só movimento da estranha que nadava solitária na piscina.
- Quer que eu vá junto? Susane parecia insegura, pela primeira vez ele a ignorava, levantou indecisa, o via começar a afastar-se.
- Não precisa, não vou me demorar. Estava impaciente com o interrogatório dela. A estranha o fascinava. Nunca a olharia se não fosse seu encontro na noite anterior. Seu corpo se aquecia com as lembranças, e isso o incomodava.
- Vou pedir algo gelado para você, tudo bem? Max se virou para Susane, de repente ela ficara muito cordata.
- Faça o que quiser! Disse se virando para sair. Ele viu um rapaz se aproximando da estranha, ela saiu da água para atender ao telefone. Desceu rapidamente a escada que ligava o terraço à área da piscina, ela não parecia muito animada com o telefonema.

Nikki se sentou em uma das muitas cadeiras brancas espalhadas por toda área em volta da piscina para atender a ligação, era o Dickie. Isso não a surpreendeu nem um pouco. Ele estava acostumado a sempre tê-la por perto, só que desta vez ela não correra atrás dele, e isso pareceu abalá-lo a ponto dele telefonar para lhe pedir desculpas.
- Dickie, já disse que não vou voltar! As reservas estão pagas, eu vou ficar e aproveitar. Sim Dickie, você me deixou sozinha. Olha vou ter de desligar. Sim Dickie, você está incomodando! Se tem alguém comigo? Por que a pergunta? Olha Dickie se você quer saber, beijei sim, um estranho me agarrou e me lascou o maior beijo, que por sinal foi fantástico, não se compara com o seu! Nikki estava furiosa com ele. Além de deixá-la sozinha tinha a petulância de ligar mandando que voltasse, ela desligou o telefone mais furiosa do que ficara com o estranho na noite anterior.
Max escutou parte da sua conversa, sorriu ao entender que ela gostara do beijo, ele também tinha apreciado muito. Com um salto ele mergulhou, a água fria o refrescou. Sua estranha caminhava em direção ao bar enquanto amarrava sua canga na cintura. Sem saber por que a seguiu, ela conversava com o atendente.

- Então tem como mudar o horário do passeio? Ela estava encostada no balcão de madeira, o mergulho de instantes antes molhara o tecido fino, delineando ainda mais seu corpo.
- Perfeitamente, como eu disse à senhora, basta ir até a recepção, se houver uma vaga no barco não tem problema. O rapaz estava sendo atencioso com ela, se reclinando mais do que era necessário em sua direção, Max não gostou disso.
- Dois Martini, por favor! Pediu chamando a atenção para si, enquanto secava-se do mergulho com uma grande e felpuda toalha branca com o logotipo do hotel. A estranha o olhou de esguelha balançando a cabeça pelo seu pedido. Álcool naquela hora da manhã? Max sorriu diante do olhar pasmo dela.
- Acho que vou verificar essa possibilidade então, obrigada Ray. Falou cortesmente enquanto lhe entregava o aparelho de telefone ao barman.
- Não tem de que Nikki! Vou preparar seu drinque senhor. O rapaz guardou o telefone que ela lhe estendera. Lançando olhares furtivos a figura que se afasta em direção ao hotel.
- Que barco é esse que conversavam? Max estava curioso com a sua estranha. Não queria deixar transparecer seu interesse.
Nikki. Sua estanha se chama Nikki.
- É o passeio de chalana. A Nikki queria saber se podia mudar o horário. O rapaz não prestava a menor atenção nele, só tinha olhos para a figura que ia em direção ao lob do hotel. Isto facilitava e muito o seu inquérito.
- Nikki? Perguntou como se não soubesse a quem ele se referia.
- A moça que saiu agora. O idiota do namorado dela foi embora a deixando sozinha. Pena que ela não me deu a menor bola. O rapaz a olhava entrar no prédio em frente. Max não gostou do ar intimo que o rapaz se referiu a ela.
- E é possível isso? Ignorou completamente a rispidez em sua voz com que se dirigia ao rapaz.
- Isso o que? O rapaz voltou para o Max confuso.
- O passeio homem! O barman conseguiu irrita-lo.
- Há sim! Se houver uma vaga não tem problema. Ele voltou a olhar para onde a Nikki tinha entrado.
- Será que você pode mandar os drinques para aquela moça ali no terraço? Max apontava para Susane.
- Sem problema senhor. O rapaz voltou a ser profissional novamente.
Max seguiu para a recepção, queria saber mais sobre esse passeio que ela queria fazer. Não sabia por que, mas estava muito interessado nas atividades que ela escolhera.

- Max, o que foi? Você está tão calado. Susane se aproximou sentando em seu colo. Ele estava tão absorto em contemplar o vazio, até que sua voz o trouxe de volta à realidade.
- Nada, estava só pensando. Ele a abraçou.
- Em mim? Sorriu ao enlaçar seu pescoço.
- Não!
- Em quem então? Seu olhar o questionava, apesar de seu sorriso fazer derreter qualquer homem.
Nikki.
- Não é nada importante. Gostaria de passear de barco? Me disseram que tem um passeio daqui a pouco, fiquei interessado em ir. Ele a contemplou, extirpou sua estranha do pensamento, Suzanne estava ali, era esse o motivo da sua vinda, então para que se desviar do assunto?
- Tenho uma idéia melhor, por que não vamos para o seu quarto. Ela beijava o seu pescoço. Max a olhou, era tudo o que queria, ela em sua cama, só que no momento a idéia não o atraía tanto assim. Queria saber mais sobre a solitária Nikki que havia discutido com o namorado e tinha um beijo capaz de o incendiá-lo.
- Teremos tempo para isso mais tarde. Fiquei realmente interessado no passeio. Vai querer ir junto ou não? Max a olhava, e Susane sorriu.
- Tudo bem, eu vou com você. Ele sorriu. Susane se inclinou e o beijou.
Nikki voltou para buscar os óculos que esquecera na cadeira, ao se levantar se deparou com o beijo apaixonado de um casal no terraço. Dickie nunca faria isso. Pensou, sentindo uma pontada de ciúme. Quem sabe algum dia teria o prazer de viver algo parecido. Suspirando voltou ao seu quarto.

A brisa provocada pelo deslocamento do barco, não era suficiente para espantar o calor que fazia sua camiseta grudar na pele. Entendia agora por que sobravam vagas no passeio daquele horário. Os hospedes preferiam se refrescar em seus quartos com os aparelhos de ar condicionado ligados ao máximo a enfrentar um passeio de duas horas sobre o sol abrasador daquele final de manhã. Nikki se afastou do grupo de turistas, não estava interessada nas histórias da floresta. Seu único desejo era a de distrair sua mente para que não pensasse no Dickie. Seu passeio era através de um dos muitos afluentes do rio Amazonas, navegariam através daquele mar de água doce. Nikki se sentou em um dos bancos da chalana. O barco possuía um deque superior e diversos camarotes diminutos, onde mal cabia uma cama de solteiro. Fechou os olhos apreciando a brisa que despenteava o seu cabelo.
- Senhorita? Se permanecer sentada aí, vai ter de colocar o colete salva vidas. O marinheiro lhe indicou a peça laranja completamente encardida amontoado em um dos cantos e a placa com o aviso.
Ela não ficou muito animada em vestir à peça, o rapaz percebeu.
- Se quiser aproveitar melhor o passeio, pode fazer lá de cima. Tem uma visão melhor. O rapaz lhe sorria.
- Obrigada, acho então que eu vou para lá.

Max escutava o guia falar sem muito ânimo, estava um calor sufocante. Péssima idéia essa sua de fazer o passeio. Pelo menos o aproximou de Susane. A moça pareceu desconfiar do seu súbito interesse por outra e não desgrudou mais. Max sorriu. Os beijos com a estranha fizeram com que ele conseguisse o que queria, ter Susane. Ele olhou distraído para a proa do barco quando notou uma conversa entre um tripulante e Nikki. Ele franziu o cenho.
- Alguma coisa errada querido?
Sim.
- Não é nada querida. É esse calor. Desculpe, foi uma péssima idéia fazermos o passeio. Porque se importava tanto com aquela estranha?
- Por que não vamos ao nosso camarote, tem um ventilador lá. Ela beijou seu pescoço. Sim ela o queria e não escondia isso.
Nikki passou por eles como se fossem invisíveis. O gesto o irritou. Até que ele começou a rir sozinho.
- Que foi Max? Ela o olhou sem entender, o comportamento dele estava muito estanho. Será que ainda era conseqüência pela noite de ontem?
- Nada querida, eu é que me lembrei de uma coisa. Vamos. Nikki não vira o seu rosto, por isso era praticamente impossível que o reconhecesse a não ser que a beijasse novamente e a idéia seria tentadora se não tivesse Suzanne tão solícita ao seu lado.
O deck superior se abria em um grande mirante a céu aberto, o chão de madeira comportava ocasionais bancos, porém sua maior concentração se dava ao fundo, protegido por um toldo da ação perniciosa do sol.
Nikki viu um grupo de jovens jogando baralho animado, sorrindo foi para o outro lado. Estava se sentindo muito só.
- Nunca mais eu vou confiar em você Dickie! Nikki deixou que sua mente vagasse, relembrando fatos que a deixaram ainda pior. Desta vez não teria volta. Ele fora longe demais. Nikki se inclinou no banco e fechou os olhos, o barulho do motor a estava deixando sonolenta. Acordou com um anuncio do capitão. Não entendeu direito, mas parecia que o passeio seria encurtado. Despertando a sonolência que ainda restara se aproximou de um grupo que escutava as explicações de um tripulante.
- ... chuvas intensas na cabeceira do rio está fazendo com que a vazão se torne perigosa para que naveguemos. Não se preocupem retornaremos ao hotel sem problemas. O tripulante continuava a responder as inúmeras perguntas dos passageiros. Satisfeita sua curiosidade retornou para a cadeira que ocupava.

Max descansava seu braço no colo de Susane. Sim a espera valeu a pena. O anuncio do capitão o trouxera de volta para a realidade, logo chegariam ao hotel, então poderiam continuar a diversão. Ele se espreguiçou.
- Já acordou meu amor?
- E quem consegue dormir com você do lado. É uma visão tentadora. Ele a beijou reacendendo o desejo novamente.

Nikki estava na piscina, não havia muito que fazer naquele hotel. Nenhum dos passeios chamava sua atenção, em parte por que sugeriam uma proximidade maior dos participantes e como a grande maioria dos hóspedes era de casais, acabaria constrangida em ir sozinha. Restara então os passeios de barco e alguns esportes radicais. Como se sentia muito velha para participar com todos aqueles garotos, sobrou apenas o barco. Com um suspiro xingou novamente o Dickie, se ele não tivesse ido embora ela poderia se divertir mais livremente. Entediada pegou o seu livro e voltou a ler.

Max saiu do banho completamente feliz, deixou Susane dormindo. Estava ficando velho para toda aquela agitação. Gostava dela, mas não queria se amarrar, não ainda. Ele foi até a varanda, a sua frente apenas a floresta e os sons característicos. Dava medo se pensasse que estava no meio do nada, cercado de milhões de árvores e animais dos quais nem sabia seus nomes. Ele era muito civilizado para viver no meio daquela vastidão verde. Sentindo-se relaxado pelo maravilhoso sexo com Susane, resolveu gastar um pouco mais de calorias nadando. Ao chegar na piscina mergulhou na água fria, passando a nadar com vigor. Ao sair da água viu Nikki cochilando na cadeira. O rapaz do bar não parava de olhá-la. Não saberia dizer se dormiu de cansaço ou se ficou ali com medo de ficar sozinha e ser atacada novamente. Sentiu-se mal diante desse pensamento. Como o rapaz a vigiava, achou melhor não incomodá-la.
- Uma cerveja. Max sentou-se no bar, dali tinha uma visão de toda a piscina e de Nikki dormindo.
- De qual marca senhor? O rapaz lhe perguntou solicito, sem tirar muito os olhos dela.
- A que estiver mais gelada. Ele deu os ombros.
O jovem serviu-lhe a bebida. Max sentiu-se refrescar com o líquido gelado.
- Sua amiga dormiu. Ela vai pegar uma insolação se continuar ali. Max apontava para Nikki.
- Eu ia acordá-la quando você chegou.
Será que era esperança que via nos olhos do rapaz? Ela seria muito tola se, se envolvesse com um tipo como aquele, ele não servia para ela.
- Não se prenda por mim. Vou me sentar ali. Fez um gesto de rendição. Indicando uma mesa próxima que continuaria a lhe dar uma bela visão da piscina.
- Valeu. O rapaz sorriu e se apressou em direção a ela. Max olhava a cena com interesse. Ela não o atraía fisicamente, mas seus beijos o esquentara de tal forma que foi preciso beber um grande gole de bebida para que seus ânimos não se exaltassem. Precisava moderar ou acabaria bêbado. Max a viu se espreguiçar e voltar para o hotel. Suspirou. Tinha uma tarde inteira ociosa e nada para fazer.
- Então, existe alguma atividade que o hotel ofereça agora à tarde? Perguntou quando o rapaz se aproximou. Precisava fazer algo para tirar aquela estranha do pensamento.
- Estranho, foi à mesma pergunta que a Nikki me fez. O rapaz o olha surpreso.
- Nikki? Quem é Nikki? Perguntou como se não soubesse de quem ele se referia.
Nikki a mulher que ele beijara.
- Nikki, a moça que estava dormindo. O barman não compreendia como ele não sabia quem ela era.
- Há sim. Respondeu como se não fosse importante, apesar de ainda estar muito curioso a respeito da estranha Nikki que, aparentemente estava pensando o mesmo que ele.
- Bom, neste horário não temos nada, daqui a algumas horas começam os passeios com os guias. Normalmente os hospedes descansam neste horário, por ser mais quente. Max entendeu a indireta. Como não restava o que fazer mesmo assinou a conta, resolveu dar uma passada na sala de jogos ou veria algum filme, qualquer coisa que conseguisse distraí-lo.

Nikki se sentiu constrangida por ter dormido na cadeira a beira da piscina, o seu maravilhoso final de semana tão minuciosamente planejado estava indo por água abaixo. Primeiro teve uma briga irracional com Dickie, depois um estranho a agarra, agora o barman a flertava. Definitivamente este final de semana seria muito, mas muito diferente. Para quem há apenas algumas horas reclamou do marasmo que estava sua vida, agora tinha muita ação. Cansada pela noite insone, decidiu ir para o seu quarto. O ar-condicionado abafaria qualquer barulho da floresta além de manter a temperatura agradável lá dentro. Estava tão distraída subindo as escadas que tropeçou no tapete e seus óculos voaram longe, pousaram aos pés de um estranho muito bonito, cabelos escuros displicentes, porte atlético, mãos grandes, e seus olhos pareciam ser azuis, não conseguia distingui-los. Imediatamente o cabelo da sua nuca se arrepiou. O estranho pegou seus óculos lhe entregando sério.
- Obrigada. O estranho fez apenas um gesto com a cabeça e saiu sem dizer nada.
- Cada tipo que aparece. Nikki seguiu para o seu quarto.
Max desceu as escadas sorrindo. Não teve coragem de responder seu agradecimento, ela poderia reconhecer sua voz. Tentou ficar o mais longe possível para que não tivesse a menor chance de ser reconhecido. Tinha consciência de que ela poderia acusá-lo de tentativa de estupro, ele nunca faria tamanha brutalidade com nenhuma mulher, teria muita dor de cabeça até conseguir se explicar de que havia se enganado e agarrara a mulher errada. Torcia para que ela não ficasse traumatizada com seu rompante. Chegou à recepção sem saber o que tinha ido fazer lá. Ficou tão aturdido com o seu encontro com a Nikki que descera a escada ao invés de subir. Confusão desfeita tornou a subir as escadas. Susane ainda dormia. Ele estava elétrico, precisava gastar um pouco de energia. Susane dormia de bruços, nua. Não, não era sexo que ele queria. Alguma coisa o incomodava.
Nikki o incomodava.

Nikki se jogou na cama, abraçou o travesseiro e dormiu.

- Max? Porque não vem me aquecer, está frio! Ele se aproximou da cama. Como resistir a um pedido de uma linda mulher? Ele a beijou enquanto tirava as roupas.